Arouca enfrenta Santa Clara em busca de sair da zona de descida

  1. O Arouca ocupa o último lugar com apenas 8 pontos em 13 jornadas, menos 2 que na época anterior
  2. O Santa Clara é atual 4.º classificado, com 19 pontos a mais que o Arouca
  3. Vasco Seabra reconhece as dificuldades da partida contra o Santa Clara
  4. Houve saída por mútuo acordo do extremo Ivo Rodrigues, devido a desentendimentos com a Direção

O Arouca atravessa o pior rendimento pontual desde que compete na Liga, ocupando o último lugar com apenas 8 pontos em 13 jornadas, menos 2 que na época anterior. Após a derrota por 2-1 frente ao Estrela da Amadora, a equipa teve de se focar rapidamente no duelo com o sensacional Santa Clara, atual 4.º classificado, que conta mais 19 pontos que os lobos.

Dificuldades reconhecidas pelo treinador


Na antevisão ao encontro deste domingo (15h30), o treinador Vasco Seabra reconhece as dificuldades que esperam a sua equipa, mas aponta à mobilização das energias em busca dos três pontos, numa semana marcada pela saída, por mútuo acordo, do extremo Ivo Rodrigues, num contexto de desentendimentos com elementos da Direção.


O Santa Clara é uma equipa muito boa, com rotinas consolidadas desde a época transata, muito competente nos diferentes momentos do jogo, em termos defensivos e ofensivos, sabe posicionar-se, sabe o que faz em campo, é uma equipa que sofre poucos golos e que é difícil de contrariar nos momentos de transição, afirmou Vasco Seabra.

Foco nos processos internos


Apesar da dificuldade do adversário, o treinador acredita que o jogo é sobretudo algo que tem a ver com a sua própria equipa. Por exemplo, fizemos uma primeira parte fantástica com o Estrela da Amadora, mas depois acusámos a ansiedade de querer que o jogo acabasse depressa para trazermos os três pontos. Confiamos muito nos nossos jogadores, os nossos processos estão mais consistentes, é este o caminho que queremos seguir, muito focados em nós, sabendo que temos um adversário de muito valor pela frente, em que temos que competir no máximo, confiantes naquilo de que somos capazes para que a estrelinha passe para o nosso lado.

Superação do momento difícil


Após a derrota na Amadora, Seabra admite que ficámos muito frustrados com o resultado. O final do jogo e o dia seguinte ao jogo foram difíceis para nós, foram dias de sofrimento em que tivemos de lamber as feridas. Mas tivemos de nos levantar, pois não temos outro caminho. Temos um caminho muito grande para fazer e temos de acreditar nas nossas capacidades para superarmos os desafios e, por isso, a semana já decorreu com entusiasmo e com vontade que o jogo chegue.

Saída de Ivo Rodrigues


Quanto à saída de Ivo Rodrigues, Seabra disse que são assuntos internos que já foram comunicados pela Administração. O Ivo sempre trabalhou bem, foi escolha em muitos jogos, desejo-lhe as maiores felicidades. É um assunto que foi resolvido internamente e que não trouxe qualquer peso ao balneário. Temos um grupo muito forte e muito unido para darmos continuidade ao que queremos fazer.

Confiança no plantel


Apesar da saída de Ivo Rodrigues e da dúvida sobre a disponibilidade de David Simão, Seabra mantém a confiança no plantel. Confio muito em todos os jogadores. O Ivo não foi titular no último jogo [na Amadora], não por demérito dele, mas porque há outros jogadores que estão a merecer jogar. Os jogadores estão a lutar cada dia para conquistar lugares e trazer novas soluções ao treinador e à equipa. É isso que me dá alegria, apesar dos resultados ainda não estarem de acordo com aquilo que pretendemos.

Apelo aos adeptos


Sobre o apoio dos adeptos nesta fase difícil, o treinador apela à união. O clube tem feito uma campanha para que nos apoiemos todos uns aos outros. Já temos muitos adversários que nos querem ganhar. Por isso, temos de nos unir. Os adeptos sentem quando não ganhamos, é natural e compreensível. Mas nós, que trabalhamos todos os dias para termos sucesso, sentimos isso fortemente quando não vencemos. No Arouca, todas as pessoas trabalham no limite em prol do clube, com muita vontade de fazer bem as coisas. Precisamos que os adeptos estejam connosco. Não temos tido resultados, mas continuamos a acreditar. Este é um momento em que sofremos juntos, para depois festejarmos juntos. É nisso que acredito.