Um clube com quase 100 anos de história
O Maria da Fonte é um dos clubes mais tradicionais do distrito de Braga, com quase 100 anos de história. Em 2025, o clube celebrará o seu centenário, sendo um dos emblemas mais antigos da região, juntamente com o SC Braga e o Vitória SC.
Apesar de atualmente se encontrar numa divisão abaixo da elite do futebol português, o Maria da Fonte continua a ser um clube muito respeitado e reconhecido no distrito. «O Maria da Fonte é um clube muito importante no distrito de Braga. Estamos a entrar agora em 2025, ano do centenário. É um clube com muita história aqui no distrito, juntamente com o SC Braga e Vitória SC. São clubes muito antigos e, apesar de estarmos numa divisão que não é a nossa, é um clube que continua a ser reconhecido para qualquer sítio que vá como um dos clubes importantes do distrito», afirmou Amaro Leite, presidente do clube.
Uma história recheada de feitos
Para o Maria da Fonte, este jogo com o Arouca é um momento histórico, pois em 99 anos de história, será apenas a segunda vez que uma equipa da Primeira Liga defronta os marifontistas. «Tivemos o Santa Clara, em 2018, mas nunca tivemos outra equipa da I Liga aqui. Já estamos a fazer história, porque o clube por muito poucas ocasiões conseguiu atingir a terceira eliminatória. A quarta eliminatória só por uma vez em 100 anos é que conseguiu e nós queremos pelo menos igualar esse feito. Temos muito respeito pelo Arouca, mas queremos passar.»
Um clube com ambições de subida
O objetivo da temporada para o Maria da Fonte é claro: regressar ao Campeonato de Portugal, divisão da qual foram despromovidos há três temporadas. «No ano passado ficámos em segundo lugar e não conseguimos a subida. O objetivo passa por recolocar o Maria da Fonte nos Campeonatos Nacionais. É isso que nos faz sentido, ainda para mais em ano de centenário. O Maria entra para ganhar em qualquer campo.»
Um ídolo da terra
O capitão da equipa, Rui Abreu, é um ídolo da terra, tendo representado o clube durante 23 dos seus 36 anos de vida. «É uma vida de paixão. Todos os anos tenho a oportunidade de sair e de ir para outros clubes, mas o coração fala mais alto e vou ficando. É a paixão, o querer, as pessoas gostarem de mim. Cada ano que passa sinto-me melhor aqui e voltava a fazer tudo igual», assumiu o jogador.
Enfrentar os «opostos do futebol português»
Apesar da enorme diferença de qualidade entre as duas equipas, Rui Abreu garante que o Maria da Fonte não vai dar o jogo por perdido. «Sabemos que a responsabilidade está toda do lado do Arouca. Vão enfrentar-se os opostos do futebol português. A I Liga, completamente profissional, e nós, completamente amadores. O Arouca tem 99 por cento de probabilidade de ganhar, mas não vamos dar o jogo de barato, nem quero passar a imagem de coitadinhos. Vai ser extremamente difícil, mas seja como for, vamos entrar 11 para 11, não é? Vamos combater, vamos tentar dar a volta ao texto.»
Confiança na equipa
O treinador do Maria da Fonte, Filipe Gonça, também acredita que a sua equipa pode surpreender. «Temos uma mentalidade vencedora. Queremos também aproveitar o facto de jogarmos em casa e fazer da nossa fortaleza ainda mais um ponto a ter em conta. Esta época estamos imbatíveis em casa e queremos utilizar essa arma como um fator mais próximo para atingir o resultado final, que quero que seja que a vitória.»
Filipe Gonça acredita que o futebol distrital já não é tão díspar do futebol profissional como era há alguns anos. «No futebol amador já se trabalha muito bem. Os treinadores são competentes, os jogadores são competentes e as estruturas também querem melhorar e tornam-se competentes. Ano após ano a competitividade e a qualidade aumenta. Já não é aquele futebol que víamos há uns anos largos atrás. Hoje, já temos cuidados especiais e o Arouca terá de ter esse cuidado também.»
Apesar da enorme diferença de recursos e qualidade entre as duas equipas, o Maria da Fonte está determinado em honrar a sua história e a sua terra, acreditando que pode surpreender e eliminar o Arouca da Taça de Portugal.