Mercado de transferências: além dos «grandes», os «pequenos» também vendem bem

  1. Rafa Mujica vendido do Arouca para o Al-Sadd por 10 milhões de euros
  2. Portimonense vendeu Shoya Nakajima ao Al-Duhail por 35 milhões de euros em 2019
  3. Portimonense vendeu Beto à Udinese por 15 milhões de euros em 2021
  4. Francisco Trincão vendido do SC Braga para o Barcelona por 31 milhões de euros

A recente venda de Rafa Mujica do Arouca para o Al-Sadd, por 10 milhões de euros, é apenas mais um exemplo de como os clubes portugueses fora do eixo Benfica-Sporting-FC Porto conseguem valorizar e vender os seus ativos a preços acima do esperado. Este fenómeno tem-se acentuado nos últimos anos, com diversos clubes da Liga Portuguesa a realizarem vendas milionárias de jogadores.

Esta capacidade de gerar receitas através da venda de jogadores é essencial para a sustentabilidade financeira destes clubes, que não beneficiam das mesmas receitas televisivas e patrocínios que os «grandes». Ao conseguirem maximizar o valor dos seus ativos, estes clubes ganham maior estabilidade e podem ambicionar saltar para patamares mais elevados, tanto a nível desportivo como financeiro.

Vendas milionárias além dos «grandes»

Nos últimos anos, temos assistido a algumas transações surpreendentes protagonizadas por clubes fora do «Big Three» português. Em 2019, o Portimonense vendeu Shoya Nakajima ao Al-Duhail por 35 milhões de euros, um valor recorde para um clube que não seja Benfica, Sporting ou FC Porto. O mesmo Portimonense fez 15 milhões de euros com a venda de Beto à Udinese, dois anos mais tarde.

Outros exemplos notáveis incluem a venda de Francisco Trincão do SC Braga para o Barcelona por 31 milhões de euros, a transferência de Vitinha do mesmo clube para o Marselha por 32 milhões, e a saída de David Carmo do SC Braga para o FC Porto por 20 milhões. O Famalicão também encaixou mais de 25 milhões de euros com as vendas de Pedro Gonçalves e Manuel Ugarte para o Sporting.

Jogadores cada vez mais apetecíveis

Estes dados demonstram que os clubes «não-grandes» têm conseguido vender os seus jogadores a preços cada vez mais elevados, muitas vezes acima dos respetivos valores de mercado. Isto significa que estes atletas são cada vez mais cobiçados no estrangeiro, não necessitando de passar pelos «grandes» clubes portugueses para se afirmarem a nível internacional.

«O futebol português é, a cada dia que passa, uma montra cada vez mais apetitosa para os grandes clubes europeus – e não só», afirma o artigo. Este facto só pode beneficiar a competitividade da Liga Portuguesa, com o crescimento financeiro e desportivo de mais equipas, o que por sua vez irá melhorar o coeficiente da liga na UEFA.

Sustentabilidade e competitividade

Para estes clubes, a capacidade de gerar receitas através de vendas de jogadores é essencial para a sua sustentabilidade financeira. «Sem garantir a entrada desses tão desejados milhões na conta bancária, dificilmente um clube consegue dar o salto para outros patamares ou até mesmo, em alguns casos, manter-se no primeiro escalão no curto ou médio prazo», refere o texto.

Deste modo, a valorização e venda de jogadores por parte dos clubes «não-grandes» contribui não só para a sua própria estabilidade, mas também para uma maior competitividade do futebol português como um todo. Um cenário positivo para todos os intervenientes.

Conclusão

Em suma, o futebol português tem vindo a demonstrar que existe «vida para além dos 'grandes'». Os clubes fora do eixo Benfica-Sporting-FC Porto têm conseguido valorizar e vender os seus ativos a preços cada vez mais altos, provando que o mercado está cada vez mais atrativo para os grandes clubes europeus. Esta realidade só pode ser benéfica para a competitividade da Liga Portuguesa e para a sustentabilidade financeira destes clubes «pequenos», que ambicionam dar o salto para patamares superiores.

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