O Benfica chega ao último encontro da época sob forte pressão

  1. O Benfica já não pode subir ao primeiro lugar nem descer ao terceiro lugar na tabela
  2. O Arouca ainda tenta chegar ao 6º lugar ocupado pelo Moreirense
  3. Treinador Roger Schmidt tem mais duas temporadas de contrato e afastou qualquer possibilidade de ir para o Bayern
  4. Rafa está em final de contrato e a renovação continua por anunciar

Um jogo aparentemente inofensivo com riscos ocultos


A Luz vai falar. A «casa encarnada», repleta ou não, vai indicar a Rui Costa, presidente do Benfica, o que deseja para o futuro. Se Roger Schmidt, treinador dos encarnados, é culpado ou inocente de uma temporada pobre, se os jogadores estão absolvidos ou partilham responsabilidades por uma época muito abaixo das expectativas.

Um jogo aparentemente inofensivo com o Arouca (18 horas), literalmente para cumprir calendário, dado que o Benfica já não sobe ao primeiro lugar e já não desce ao terceiro — o adversário, todavia, ainda tenta chegar ao 6.º lugar, ocupado pelo Moreirense —, pode, afinal, ter os seus riscos, os seus perigos escondidos.

Treinador sob forte pressão


Depois de insultos e de uma garrafa atirada a Roger Schmidt após a vitória em Faro, após insultos e vaias a equipa e treinador em Famalicão, na sequência da derrota que entregou o título ao Sporting, eis que o Benfica chega ao último encontro da temporada na Luz sobre brasas.

O treinador alemão é o mais pressionado, é sobretudo ele que tem estado sob escrutínio e na mira da fúria benfiquista, mesmo com mais duas temporadas de contrato para cumprir e com vontade assumida de permanecer na Luz — afastou já publicamente qualquer possibilidade de ir para o Bayern, haja, ou não, real interesse bávaro.

Um mau resultado com a perigosa equipa do Arouca, que tem em Rafa Mújica, Cristo González e Jason um trio atacante de luxo, pode, pois, influenciar decisivamente o futuro do treinador, poderia ajudar a esgotar o que resta da paciência dos benfiquistas e precipitar decisão da SAD, que tem estado pensativa, a avaliar prós e contras. Mas Rui Costa, sublinhe-se, nunca afirmou que iria prescindir do treinador.

Avaliação dos jogadores


Os jogadores, todavia, também estarão em avaliação. O público dirá se está, ou não, com a equipa, que foi fortemente vaiada em Famalicão e também não foi bem recebida na Luz quando regressou do norte, no calada da noite, enquanto o Marquês de Pombal se pintava de verde e branco.

Tal como na situação do treinador, um bom resultado e exibição agradável podem ajudar a esquecer mágoas, mau resultado e exibição pobre podem acordar o vulcão.

A afluência dos adeptos


A afluência dos benfiquistas será, igualmente, barómetro importante. A Luz tem estado quase sempre cheia, ou perto disso, na presente temporada, os lugares de época são dominantes e garantem por si só números elevados, mas até mesmo quem tem entrada previamente autorizada terá de decidir de quer estar neste dia de julgamento final, ou não.

Um estádio bem pintado de benfiquistas significará apoio ou preocupação, uma casa menos boa poderá sugerir indiferença e afastamento.

Não só de perigos, porém, se faz a receção ao Arouca. Também vai ser a despedida de Rafa, depois de quase oito anos de Luz, dado que está em final de contrato e a renovação continua por anunciar pelas partes envolvidas, e também pode ser oportunidade para os benfiquistas pedirem a continuidade de Di María. Ao minuto 11, se os aplausos surgirem...

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